quarta-feira, 15 de abril de 2009

Recordar o tempo de caça

Lembro-me muito bem. Foi no monte. Naquele Outono, época de caça às perdizes, o meu pai com a espingarda , os respectivos apetrechos e o cão perdigueiro Turco, a vaguear no monte impaciente por " marrar" uma perdiz.!...

Desde muito novo acompanhei o meu pai na caça, onde aprendi muito com ele. O meu pai saía cedo lá de casa, preparado para mais um dia de caça. O Turco ladrava festivamente, porque além de ser um extraordinário cão perdigueiro tinha prazer em acompanhar o caçador e já com o faro apurado para uma bela caçada.

O meu pai era um grande caçador, especialmente de perdizes e de tordos... Até na caça dava gosto conviver com ele, pois tinha sempre algo para contar.

Era com muito prazer que eu colocava à cintura as perdizes que o meu pai ía caçando, as quais o cão rapidamente me entregava, abanando o rabo em sinal de contentamento... Eram momentos muito bonitos...,

Aquele desporto agradava-me, embora ter que percorrer o monte, tropeçando aqui e ali, o peso das botas, a azáfama de mais uma perdiz que era necessário guardar no cinturão, não era tarefa fácil!... Mas era com prazer que o fazia e com a agilidade própria dos meus doze anos.

O meu pai ainda jovem e com a alma de poeta, lá me ía explicando sobre a arte de caçar. Juntos percorremos montes e vales, subíamos os cumes das montanhas, onde o horizonte é mais vasto e vento mais impetuoso.

Ficaram-me na lembrança as memórias de um tempo vivido e que gosto de recordar.

2 comentários:

Caty disse...

Gostei muito de ler este teu texto muito interessante. Aquilo que relatas sobre a caça está muito bem descrito. Parabéns.
Um beijinho,
Caty

Carlos Alberto disse...

Olá Caty,
Obrigado pelo teu comentário muito gentil, e fico contente por gostares do texto que escrevi.
Beijinhos,
Carlos Alberto